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Sahara

  • Foto do escritor: Alma Nómada
    Alma Nómada
  • 20 de ago. de 2024
  • 2 min de leitura

Sahara é conhecido por ser o maior deserto quente do mundo! Com 9 065 000km2, é equiparado em dimensão à Europa ou à área dos EUA. O nome resulta de uma transliteração da palavra árabe (com escrita que não consigo reproduzir) que por sua vez é a tradução da palavra tuaregue tenere (deserto).

Mas não é sobre as características do Deserto do Sahara que vos quero falar...

Estariam aproximadamente 40 graus, perto das 18 horas e comecei a avistar a porta do Sahara, Merzouga. Cidade pequena com algumas casas alinhadas junto à estrada, de cores ocre e alaranjadas como convêm.

Dali a poucos minutos parámos e a paisagem à nossa frente era constituída por imensas dunas de areia dourada, o famoso Erg Chebbi. Quando dás uma volta de 360º e no teu horizonte vês apenas areia, emerge a sensação que o mundo termina ali.




Tinha chegado...

O motivo da minha viagem era pisar a areia do Sahara, era dormir debaixo do céu mais estrelado que alguma vez vi, era dançar em redor de uma fogueira, era ouvir o grito do deserto nas gargantas das mulheres bérberes... era por uma noite sentir-me NÓMADA.

Fazia parte do meu imaginário de adolescente quando assistia pela televisão às provas do Paris-Dakar, na altura em que a mítica prova de rally ainda partia de Paris e terminava em Dakar.

Aquelas imagens transmitiam-me uma sensação de liberdade...

E depois povoavam o meu imaginário as estórias sobre tuaregues, os homens do deserto de turbantes azuis, os ataques às caravanas que se aventuravam cruzar o deserto, as lutas travadas pelo Sahara Ocidental e por lógicas tribais que nunca entendi, mas que me fascinavam...

Estava ali, diante de mim, a concretização de um sonho...

E os sonhos são mesmo para serem vividos…cruzámos as dunas num passeio de dromedário, chegando ao fim de uma hora ao acampamento que nos serviria de abrigo durante uma noite…. Comemos, dançámos ao som da música bérbere do deserto, o Gnawa, que com um ritmo relativamente suave nos vai conduzindo a uma espécie de transe, em voltas e voltas de roda de uma fogueira, debaixo de um manto imenso de estrelas.




O Sahara iluminado pela luz da lua, plena, lá no alto, a proteger os viajantes… dei por mim a pensar como é bom vivermos os nossos sonhos…

 
 
 

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